
Olá dorameiros, como vocês estão? Hoje vim aqui para falar de um dorama novo na Netflix que me surpreendeu positivamente. Olha eu não costumo assistir muitos jdramas, vamos combinar que me parece que o mercado é dominado pela Coreia do Sul, seguido pela China e pela Tailândia…É assim que eu vejo desse lado do mundo as produções se destacando. Não sou especialista em j-dramas…ainda…rsrsrs…mas vamos lá.
Confesso que essa produção me chamou atenção, não estava preparada para ficar com a adrenalina em alta por causa desse dorama: Consumidas pelo fogo. Meu termômetro do que vale a pena ver ou não, é baseado no quanto a história que está sendo contada, é envolvente, desperta meu interesse e meu desejo desesperado de ver um episódio atrás do outro. Na semana passada fiquei presa entre um c-drama com o maravilindo Xiao Zhan (que há muito tempo não tinha notícias dele pelo lado de cá (BR)) e um anime que tinha tudo para ser um dorama (Casamento Feliz), falarei deles em outro post (não perca e se souber onde assistir o filme me conte rs).
Foram produções que deixaram minha ansiedade no topo, por que é o tipo de coisa que se assiste e tem uma história tão envolvente que você quer maratonar. Logo após ver os últimos episódios disponíveis desse c-drama, a netflix começou a me recomendar o j-drama do qual estamos falando, e eu fiquei pensando: Tomara que seja tão bom quanto o que estou vendo e esteja completo, para diminuir minha ansiedade por esperar os próximos episódios do c-drama e do anime. Pois bem, não é que foi tão bom que eu até esqueci dos dois por um instante, o problema é que assisti tudo em 2 dias e a semana tem 7…rsrsrs…já estou na escolha dos próximos que vão aliviar minha tensão (deixe suas recomendações nos comentários por favor).
Então com base no que escrevi até agora, você já sabe que no quesito valer a pena eu daria 10, pela grata surpresa. O dorama tem um leve suspense, é uma história de vingança, me deu um ar vingativo estilo “The Glory” mas não é tão pesado e não tem um articulação para dar o que a vilã merece é mais uma questão de justiça exposta, tem traição e muitas reviravoltas.
Eu não sei exatamente o que te levou a abandonar as produções americanas (caso tenha feito isso que nem eu), mas eu gosto de ser surpreendida na história, se eu começar a prever as falas e comportamentos dos personagens, na minha cabeça isso não foi tão bem elaborado, pois certamente não sou uma gênia que é a única do planeta a perceber o que o personagem vai fazer, isso é um clichê. As séries e filmes americanos estão cheios disso, e eu me cansei de coisas tão previsíveis. E claramente “PREVISÍVEL” não é uma palavra que se aplica a este j-drama.
Quando você pensar que tudo está resolvido vem uma surpresa pra você, que te faz pensar no que virá depois. Aí vem outra, e outra e mais outra, quando você notar que as dicas estavam lá desde o começo será tarde demais. Eu achei genial. Tudo que você achar improvável e imprevisível, acontece, me deparei diversas vezes dizendo: Não acredito que isso aconteceu! Tem romance também, sutil, bonito e sem ar de forçado e com certeza imprevisível mas provável.
Fora um gatinho fofo parecido com o Garfield que aparece nas cenas da frente da casa da família Miratai, não sei se foi proposital mas achei ótimo.
Bem a história se resume a uma família rica com conflitos e desentendimentos, um pai banana, uma esposa tipicamente passiva e duas filhas espertinhas. Tudo gira em torno de um incêndio supostamente acidental, o pai banana acredita que a esposa colocou fogo na casa, induzido pelos comentários da falsa amiga e pela confissão de culpa sem explicações que a esposa havia dado. Pronto, um prato cheio para oportunistas e interpretações errôneas, mas se você já viu o trailer vai notar que alguém aparece rindo na cena do incêndio. O que dá margem para múltiplas interpretações e acusações, mas confesso que nada teria acontecido nessa história se a filha mais velha não tivesse visto isso, como ela era bem espertinha logo deduziu que algo estava errado nessa situação.
Então tudo começa com ela movendo mundos e fundos para se infiltrar na antiga casa 13 anos depois, para descobrir a verdade, já que essa pessoa tomou o lugar da mãe dela na casa. O pai gente boa (contém ironia) fica esse tempo todo sem nem lembrar que tem filhas e francamente, se isso for um comportamento da cultura japonesa, que me perdoem. Aqui nós estamos acostumados com o aborto masculino ( quando o pai decide sozinho que não é mais pai de filho vivo, ou seja, aborta o filho que já nasceu) mas embora muitas mães sejam negligentes em recorrer aos direitos de seus filhos, aqui eles existem.
Aliás no país da impunidade é a única coisa que dá cadeia é não pagar pensão aos filhos, ser negligente e coisas do tipo. Ali no drama meu deu a impressão que é legal e aceito que o pai se separe da esposa e dos filhos, sem questionar seus direitos a herança ou se estão vivos, passando alguma necessidade, também me pareceu que se algum deles for recorrer financeiramente ao pai omisso parece um crime, um pecado, como se fosse algo errado. Achei o comportamento desagradável, espero que seja diferente na realidade mas não descarto a possibilidade. Ainda mais por que me acostumei com os tramites da Coreia do Sul, em que o filho pertence a família paterna, ao pai, mesmo que ele seja um completo idiota, pelo menos sustenta o filho que fez, pois ser presente e responsável é outra história não é mesmo….Aqui estamos nós com choques culturais, mas no final das contas em todo lugar acontece as mesmas coisas com leves diferenças.
Tirando essa parte absurda e o personagem manipulável que o pai da família Miratai é, você verá uma mulher ardilosa, narcisista, passando por cima de tudo e todos para ser o SOL. Ela não só usurpou a vida da amiga, como estava pronta para atropelar a família do marido novo a todo custo. Confesso que em alguns momentos achei, ela (Makiko Mitarai) iria cometer crimes piores, já que ela tem um caráter duvidoso, se é que pode dizer que ela possui um. Nessas horas de tensão, achei que ela ia matar ex-esposa, depois achei que ela iria matar o marido, dentre outras coisas, acho que tudo isso foi intencional, faz parte do suspense, não saber o que o personagem irá fazer te deixa preso na história. Por fim muitas coisas são desvendadas ao longo do drama, parte do passado de cada personagem vem sendo trabalhado de forma cuidadosa e suficiente para se encaixar como um quebra-cabeça, se você ainda não viu, vou te dar um conselho, ouça com muita atenção cada história do passado de casa personagem, talvez você perceba os detalhes antes mim.
Você acha que há final feliz nessa história?
Te digo uma coisa, achei um final realista em comparação ao que aconteceria se fosse um k-drama.
Se você já viu ou vai ver me conta aqui nos comentários! Deixe sua opinião!
Elenco

Mei Nagano como Anzu Murata – Filha mais velha de Osamo Mitarai, a espertinha nº1. (Só eu que achei ela com cara de coreana?)

Asuka Kudô como Kiichi Mitarai, o Filho mais velho da cobra, as vezes um oprimido, outras o opressor, um ar de psicopatia (herança materna) mas é só um bebê abandonado.

Kyōka Suzuki como Makiko Mitarai, a cobra.

Yuri Tsunematsu como Yuzu Murata, a filha mais nova a espertinha nº2.

Taishi Nakagawa como Shinji Mitarai, o filho mais novo da cobra, o oprimido e sonso, ouve tudo, observa tudo mas não fala nada.

Michiko Kichise como Satsuki Murata, a mãe das meninas, meio pateta, ex-esposa do Mitarai.

Oikawa Mitsuhiro como Osamu Mitarai, o banana, o pai ausente e sonso.